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segunda-feira, 2 de maio de 2011

A ESTRUTURAÇÃO DO TORNOZELO E SUA INFLUÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR


 
O tornozelo é o pivô da ação da alavanca dos membros inferiores, responde  pelo equilíbrio e deslocamento da massa pélvica.
Temos o tornozelo como pivô primário da cadeia PM, onde o feudo é no membro inferior. O feudo no método GDS, e o local do corpo em que cada cadeia muscular tem sua função útil para a manutenção da boa fisiologia biomecânica.
Na cadeia PM, a ação no membro inferior favorece a verticalidade  do corpo, para não cair para a frente. Para funcionar bem, é necessário que a articulação trabalhe com ajuste articular e muscular adequados.
Devemos lembrar que no tornozelo, a articulação tíbio-társica  responde pelo deslocamento do membro inferior no plano sagital equilibra o peso para a frentee para trás do pé a concentricidade articular e propriocepção, as funções desse trabalho, que priorizou a construção e formas dos elementos ósseos dessa região.
No ponto de vista comportamental, a cadeia PM empurra o homem a ação, ao trabalho, essa motivação chama-se pulsão comportamental. No conceito GDS, pulsão acionara um conjunto de músculos que agem no pivô primário.
A reação desses músculos, basta para reestabelecer o equilíbrio.
Nem sempre essa pulsão parte de uma motivação, pode advir de diversas causas em desacordo com as escolhas pessoais..
A cadeia PM na dinâmica dos triângulos relaciona-se com as cadeias AM e PA. Assim, esse trabalho passará pela conscientização e sensações das articulações e artroceptividade.
O bom equilíbrio passa por adaptação perpétua e recíproca da tensão osteo-muscular. O osso adapta a sua estrutura à pressão que sofre do músculo, o tônus muscular estimula o crescimento ósseo e o músculo adapta seu tônus ao comprimento do osso.
E o osso que, pela forma e tamanho dá suprimento aos músculos.
INÍCIO DA MODELAGEM ESTRUTURANTE:
1-      Caminhar, sentir a participação do tornozelo na marcha, agachar, perceber a mobilidade dessa região.
2-      Posicionamento:
- Iniciar modelagem na posição sentada, no chão, frente ao paciente.
- Avaliar o grau de movimento da articulação
    3- Manobras serão feitas a partir da identificação, localização e construção das estruturas ósseas e articulares. É importante a relação das formas, funções ósseas e articulares.

O tornozelo faz parte do “cardan” do retro pé, totalizando os 3 graus de liberdade do espaço. Possui papel de transição entre o pé a perna e de repartição dos esforços transmitidos para frente e para o retro pé.
Visualizar o eixo transversal que passa pelos dois maléolos.
A mobilidade da articulação tíbio-fibular  inferior é uma mobilidade conjunta à flexão dorsal da articulação tíbio társica.
É importante salientar que a superfície troclear astragaliana corresponde a uma superfície inversamente conformada, na superfície inferior do pilão tibial.
As duas faces laterais da polia do astrágalo  são mantidas pelos maléolos com diferenças: o externo é mais volumoso do que o interno, localizado mais inferior  e posterior em relação ao maléolo interno.
Ele funciona como pinça (separação-aproximação dos maléolos). Essa separação é uma “respiração”, permitindo ao tornozelo ganhar amplitude entre duas situações de carga.
Refazer a ação combinada dos movimentos dos maléolos (separação maleolar) associados à rotação axial do maléolo externo e movimentos verticais da fíbula. Na flexão, maléolo externo se afasta, sobe ligeiramente e gira sobre si mesma, sentido de rotação interna. Na extensão, ele aproxima, desce e faz ligeira rotação externa.
A amplitude dos movimentos de flexão- extensão esta determinada pelo desenvolvimento das superfícies articulares com amplitude global de 70° a 80°. É sabido que o desenvolvimento da polia astragaliana é maior para trás que para frente, levando ao predomínio da extensão sobre a flexão.
Construir a presença do astrágalo, osso singular localizado no ponto mais proeminente da parte posterior do tarso, com função de distribuir o peso do corpo nas 3 direções (para trás, para adiante e para dentro, e para adiante e para fora). As  forças exercidas sobre o conjunto do pé trabalham em compressão, não tem nenhuma inserção muscular  sendo coberto por superfícies articulares e inserções ligamentares. Todos os tendões musculares formam um “sistema de marionetes”, periarticular, muito adaptado à gestão espacial do retro-pé.
Trata-se de uma face inferior convexa móvel sob uma face côncava fica.
Construir a forma da articulação sub astragaliana e sua relação com calcâneo, assinalando a presença dos potentes ligamentos curtos que suportam força durante a marcha.
Realizar movimentos espiróides , movimentos de torção e circundação na região do tornozelo, sinalizando a função dos mesmos como equalizadores da tensão muscular.

FONTE: Revista Olhar GDS    N° 02    ANO 2008

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